sexta-feira, 25 de setembro de 2015

SEM RESPOSTAS

Uma criança sedenta,
05 anos mais ou menos
1,1m ,sedenta,
havia um dia sem beber água,
sedenta, desidratada
olhos expressavam uma dor  inexpremívil
viu um copo de água, numa coluna
2 m de altura
e só podia ver e desejar
pois não havia escadas, ou qualquer outro meio de chegar até a água
exceto  aquela coisa, que de altura 1,5,sem sede ou fome ,ou dor
pois era o dono de tudo
dono da criança, da água, da coluna
olhava no alto do seu poder m ser criador e não criatura
olhar calmo, sereno de quem sabe das coisas...Mas embora “amando” aquela criança, não esticava seu braços e pegava a água ,oferecendo-lhe, para que criança saciasse sua sede, com todo o poder, não aliviava aquela dor
deixara q criança se virasse ,ofereceu a ele dias, anos, e a possibilidade de uma hora ela chegar aos meios por ela mesma...E outras dores surgiram ...
E a criança sofre , logo seus rins entrarão em colapso
não há saída, não há salvação.
O ser não pode ,não quer salvar...Promete algo pra um futuro incerto
mas o problema é de hoje...A sede é de hoje...

Assim vejo O vi...
LO

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

EM NOME DE DEUS

Existem tantos Franciscos
Existem tantas histórias
São tantas as sutilezas
Descobrir a sutileza que aprisiona
Sutileza que  cala
Sutileza perversa que mata
Em nome de Deus
LO

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

SILÊNCIO GRITANTE

Um grito sufocado...
Francisco continua morando na quente estufa
Não há como calar,
Mas estamos calados
o que nos cala?
Silêncio gritante...

LO

A ordem???

(...) a ordem é a miséria, a fome, tornadas estado normal da sociedade . A ordem é a mulher que se vende para alimentar seus filhos (...) é o operário reduzido ao estado de máquina. A ordem é uma minoria ínfima, educada nas cátedras governamentais, que se impõe por esta razão à maioria, e que prepara seus filhos mais tarde para ocupar as mesmas funções, a fim de manter os mesmos privilégios, pela astúcia, pela corrupção, pela força, pelo massacre. 
(...) A desordem é a insurreição dos camponeses contra os sacerdotes e os senhores, incendiando os castelos para dar lugar às choupanas, saindo de seus esconderijos para ocupar seu lugar ao sol. A desordem – o que eles denominam de desordem – são as épocas durante as quais gerações inteiras mantêm uma luta incessante e se sacrificam para preparar uma existência melhor para a humanidade, livrando-a das servidões do passado. São épocas durante as quais o gênio popular toma seu livre impulso e dá, em alguns anos, passos gigantescos, sem os quais o homem teria permanecido no estado de escravidão antiga, de ser rastejante, aviltado na miséria. 
Piotr Kropotkin

domingo, 13 de setembro de 2015

REAÇÃO DO INCONSCIENTE??

Uma cinegrafista foi demitida depois de agredir imigrantes que tentavam entrar na Hungria. Petra Laszlo passou uma rasteira em um homem que levava uma criança no colo. O imigrante fugia do policial que tentava detê-lo. Ele caiu em cima da criança. Em outro momento, a cinegrafista chutou dois adolescentes.
As imagens foram feitas e divulgadas por um jornalista alemão. A atitude agressiva da cinegrafista está repercutindo no mundo todo.
O caso aconteceu na fronteira da Hungria com a Sérvia. A Hungria é um país de passagem para os milhares de imigrantes que entram na Europa e querem chegar à Alemanha, à França e à Grã-Bretanha..

MORANDO NUMA QUENTE ESTUFA

Francisco acorda no meio da noite,há uma sensação que sua tenra idade,não sabe decifrar,então Francisco chora.Acorda aqueles que ainda dormiam,ou agita aqueles outros tantos que em silêncio,acomodava sua agonia e sua dor.
Francisco têm 18 meses,é o décimo filho da dona Dilma casada com o lavrador Francisco pai.
São duas horas da madrugada,um cheiro forte ,adentra os espaços ...É o cheiro  que vem da varanda.Olfato,tato,audição,paladar,visão e todos os demais sentidos são aguçados.
Doze pessoas buscam dormir ,naquele único quarto improvisado,duas camas de casal,alguns colchões no chão úmido,é o que eles têm.
Uma estufa,construção agrícola usada para secar cacau,foi cedida pelo proprietário para moradia daquela família.Em tempos de secagem do cacau,eles se acomodam na pequena sala,que têm por varanda um curral...
_Para de chorar Francisco, a Assistente Social ,disse que não há lugar melhor no mundo para se morar...O calor que vem do forno e da chapa quente acima de nossas cabeças,nos serve de sauna,dormir todos assim,quase um sobre o outro,nos aproxima,o cheiro de esterco que provêm do curral,misturado a fumaça que nos sufoca,deve servir como medicina alternativa...Não possuir um banheiro,água tratada e alimentos é só um pequeno detalhe.
O senhor Francisco ao fim do dia de trabalho,tenta aliviar sua dor com uns goles de cachaça e agora ronca.A adolescente de apenas treze anos,pensa numa saída.O jovem de dezesseis anos,também lavrador ,cansado ,sente fome...E cada indivíduo daquela família geme ou cala suas dores.
A vulnerabilidade,a promiscuidade são pequenos detalhes também.
Um fio de esperança...Quem sabe a Assistente Social,que tanto encantou-se com tais condições de moradia,queira trocar sua" desconfortável "casa na cidade por esta aqui...Quem sabe ela de dieta ,envie sua feira...
_Vamos esperar Francisco...

LO



Temple Grandin - Trailer

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

NÃO QUERO!!!!

Eu não quero ser o líder. Eu me recuso a ser o líder. Eu quero viver obscuramente e ricamente em minha feminilidade. Eu quero um homem deitado em cima de mim, sempre em cima de mim. Sua vontade, seu prazer, seu desejo, sua vida, seu trabalho, sua sexualidade a pedra de toque, o comando, meu pivô. Eu não me importo de trabalhar, segurando a minha terra intelectualmente, artisticamente, mas como uma mulher, oh, Deus, como uma mulher que eu quero ser dominada.

Anaïs Nin

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

"Ciranda Da Bailarina" - Adriana Calcanhotto

ESTHER E A CATAPORA

DEMASIADO HUMANO

Cercado pelo não previsto ou desejado, pelo que causa medo, horror e não pode ser controlado, mergulhado em perdas e ausências, é doloroso, é torturante, é desesperador. No auge, imperam ódio  e destruição disfarçados de justiça, que se voltam contra tudo e todos.
Estar cercado pelo que não se desejou, também pode provocar o abrigar-se em manifestações alienadas de paz e amor. É o fazer de conta que o não desejado não existe ou que pode ser anulado num passe de mágica, com o surgimento de um arco-íris. Sorrisos forçados tentando passar por naturais, otimismo exagerado sempre com uma frase doce pronta na ponta da língua, superficialidades que tentam se passar por sabedoria. É a própria negação da complexidade, camuflada em representação de bom senso e boa vontade. O estilo paz e amor alienado pode ser tão destrutivo quanto o ódio destruidor, ou mais. Ambos são cegos.
Para o desesperado que prega o ódio, quem não se submete à sua autoridade destruidora é o ignorante, o bandido, o vagabundo, o que deve ser eliminado. Não o agrada, então que desapareça... Para o otimista alienado, quem contraria sua forma de ver o mundo é mal amado, amargo, não evoluiu, não cresceu, não é iluminado, não é bom o suficiente. Não é igual a ele, com suas perspectivas únicas, então é inferior, eliminável... Fácil perceber que os dois tipos se caracterizam por padrões rígidos de pensamento e de comportamento. Eles não agregam. Classificam e separam. Afinal ou o diferente passa a ser um igual ou ele é um tipo desprezível.
Julgamento de valor é humano demasiado humano, demasiado histórico-cultural de uma cultura que se constrói em meio ao medo, lutas por poder, opções ideológicas predominantes de momento... Bom/mau; pior/melhor; justo/injusto; elevado/inferior; certo/errado; claro/escuro... Classificações estanques que disfarçam a dialética do universo. Esta, sim, que tudo acolhe em sua totalidade.
Para o desesperado que prega o ódio, quem não se submete à sua autoridade destruidora é o ignorante, o bandido, o vagabundo, o que deve ser eliminado. Não o agrada, então que desapareça... Para o otimista alienado, quem contraria sua forma de ver o mundo é mal amado, amargo, não evoluiu, não cresceu, não é iluminado, não é bom o suficiente. Não é igual a ele, com suas perspectivas únicas, então é inferior, eliminável... Fácil perceber que os dois tipos se caracterizam por padrões rígidos de pensamento e de comportamento. Eles não agregam. Classificam e separam. Afinal ou o diferente passa a ser um igual ou ele é um tipo desprezível.
“... esse tirano em nós toma uma terrível represália por toda tentativa que fazemos de evitá-lo ou escapar-lhe, por todo conformismo prematuro, por todo igualar-se com aqueles aos quais não pertencemos, por toda atividade por mais respeitável, caso nos desvie de nossa causa ..." (Nietzsche, Humano Demasiado Humano)
Alguns não sabem caminhar sem tirar o véu de todas as coisas, até por descuido, por acidente, por acaso. Assumem o risco em tudo o que fazem, mesmo com medo, e atiram-se de cabeça na esperança de algo maior do que a dor, pois para eles a transcendência está sempre mais além. Desalienar-se é ter a coragem de permitir-se sentir dor e transcender em processo contínuo, encarar o que há de negro na própria alma e na alma dos outros, sem condenações, mas também sem negações.
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Heloisa Novaes in Obvious

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando e ca...

MARIA

Me entender é um privilégio. Tem que ser pelo coração, tem que ser com a minha permissão. Não me esforço pra fazer sentido, gosto da dúvida, de nem eu mesma saber meu próximo passo. O que eu quero agora pode durar algumas horas, alguns anos, quem sabe? Só me explico pra mim mesma, e, ainda assim, não me entendo. Quem dirá as outras pessoas, que não acompanham nem o início dos meus pensamentos insanos, intensos, inteiros. Quem sou eu? O que eu quero da vida? O que eu tanto espero das pessoas? E o que eu desespero? Queria poder responder pelo menos uma pergunta, facilitar minha vida, estar à frente de mim. Talvez minha certeza seja não ter certeza, minha resposta seja não ter resposta, Talvez meu mistério, que eu sempre quis ter, seja exatamente esse: ser um ponto de interrogação junto a uma exclamação. Falo sobre mim, meus amores e desamores com desconhecidos, sem tabus, sem problemas. Conto meus sonhos, minhas histórias, minhas ideologias. Aí me lembro que não tô sendo nada misteriosa, mas já foi, sou mais rápida que isso. Só que veja bem, mistério é muito relativo, muito pessoal. E, mesmo contando minha vida pra uma amiga ou um cara no bar, eu sou o mistério de ser hoje e só. Amanhã, já sou outra e nem eu me reconheço.
Descnheço o autor

ALUNOS SEM AULA MEC

CRIANÇAS E ADOLESCENTES FORA DA ESCOLA.
FALTA PROFESSOR
FALTA TRANSPORTE ESCOLAR
É SETEMBRO
EXISTE SUTILEZA TÁO PERVERSA?